DNS dinâmico: o que é, como funciona e mais

dns dinâmico

O cotidiano do analista de TI costuma ser repleto de siglas e técnicas. Por conta disso, é muito importante se manter antenado ao significado de cada um desses termos. Desse modo, reconhecendo suas aplicações no momento de solucionar as dificuldades dos usuários.

Sendo assim, elaboramos este post especial sobre o DNS dinâmico, explicando seu conceito, funcionamento e muito mais. Agora, não perca tempo e acompanhe!

O conceito do DNS dinâmico

Antes de entender o propósito dessa solução, é interessante conhecer o papel do DNS comum. A sigla abrevia o termo Domain Name System, o que pode ser traduzido para algo como o Sistema de Nomes de Domínio no idioma português. Dessa maneira, o DNS é a funcionalidade responsável por nomear os endereços de IP, que direcionam o usuário para uma página.

Como você bem sabe, toda página na internet conta com um endereço objetivo — o famoso Internet Protocol, o IP. Mas esse endereço é cru, numérico e difícil de ser lembrado e utilizado pelo usuário convencional. Nesse contexto, os servidores DNS vinculam um rótulo acessível (www.google.com) ao respectivo endereço real do IP daquela página.

Com isso em mente, fica mais fácil compreender o propósito do DNS dinâmico, pois a maioria dos usuários e serviços conta com IPs variáveis, isto é, eles mudam com o tempo. Nesse contexto, o serviço de DNS comum se torna inútil, pois não consegue acompanhar as inúmeras atualizações no endereço real de uma página, serviço ou dispositivo.

Funcionalidades

É aqui que o DDNS demonstra sua funcionalidade, atualizando constantemente o histórico que correlaciona um IP a um DNS, garantindo a conectividade a todos os momentos. Esse é o tipo de funcionalidade fundamental aos serviços de segurança eletrônica, como as soluções de monitoramento remoto.

Afinal de contas, como você acessaria as imagens de uma câmera IP se o endereço fonte dela está em constante mudança? Nesse caso, o DDNS contorna o problema, sempre atribuindo o endereço mais recente ao ponto de acesso. Inclusive, é nesse ponto que muitos se perguntam sobre a validade de contratar um IP fixo à sua atividade, seja na manutenção de um site, empresa ou sistema.

Bem, nesse caso é interessante balancear as prioridades da operação, pois a contratação de um IP estático, gerado especificamente a um cliente, pode ser bastante cara. Logicamente, esse custo é justificado pela exclusividade do serviço e confiabilidade inerente a um endereço apenas seu.

Mas esse é o tipo de situação que pode ser contornada a um baixíssimo custo com a utilização do DNS dinâmico, aliando eficiência, acessibilidade e economia de caixa em apenas uma solução, seja com o uso de uma ferramenta dinâmica gratuita, seja com a contratação de uma versão paga. Em qualquer uma das alternativas, o serviço será consideravelmente mais barato do que a contratação de um IP exclusivo.

O funcionamento do DNS dinâmico

Mas, afinal de contas, como essa mágica acontece? Como é possível que o serviço identifique as alterações de IP automaticamente? Bem, a explicação é bastante simples. O DDNS atribui a uma rede a habilidade de notificar os servidores para que se mantenham atualizados em tempo real.

Com isso, o sistema é constantemente atualizado com as especificações mais recentes de um ponto da rede, atualizando informações como os endereços de IP, a configuração do DNS ativo, os endereços dos hosts e afins. A solução é elegante porque ela automatiza o que, em outra situação, precisaria ser feito manualmente pelo administrador do serviço.

As diferenças entre DNS dinâmico e DDNS

Na realidade, não existem diferenças entre esses dois termos, pois eles se referem à mesma funcionalidade. Aparentemente, essa é uma confusão comum ao setor, mas tanto DDNS quanto Dynamic DNS significam a mesma coisa. A única diferença que se pode traçar nesse universo é entre o DNS comum e o dinâmico. Nesse caso, temos uma comparação prática do que aconteceria com os dois nos seguintes cenários abaixo. Veja!

DNS simples trabalhando com IP fixo

O DNS comum não tem dificuldade alguma em operar com IPs fixos. Como o endereço é sempre o mesmo, o servidor não precisa ser atualizado — nem manualmente — para garantir o vínculo entre a página superficial e o endereço fonte.

DNS dinâmico trabalhando com IP fixo

De igual maneira, o DDNS não tem grandes desafios com um IP estático, a não ser pelo fato de ser subutilizado, pois a funcionalidade de atualização constante não será necessária, já que as especificações continuam as mesmas.

DNS simples trabalhando com IP variável

Tratando-se do acesso às páginas ou dispositivos, o usuário perceberá que o link está quebrado e, com isso, a conexão não será realizada, a menos que o administrador atualize os dados manualmente.

DNS dinâmico trabalhando com IP variável

Não importa quantas vezes o IP mude em um dia, o DDNS estará constantemente rastreando, atualizando e vinculando novos endereços ao IP atual, garantindo segurança e confiabilidade ao usuário.

As aplicações do DNS dinâmico

Apesar de as maiores aplicações serem empresariais com a manutenção de sites, servidores e afins, é importante lembrar que o DDNS é uma boa solução para as aplicações mais particulares, principalmente nos dias atuais, com a popularização das casas inteligentes e seus vários dispositivos conectados — ainda que esses devices também sejam utilizados nas empresas.

Nesse caso, falamos do controle e acesso remoto de câmeras, termostatos e afins. Todas essas soluções contam com o endereço IP da conexão de origem para serem acessíveis ao usuário final. Mas como os IPs dinâmicos variam, isso tornaria esses dispositivos inacessíveis a cada alteração.

O DNS dinâmico dribla esse problema da maneira como descrevemos no artigo, garantindo estabilidade à conexão com esses dispositivos a qualquer momento do dia.

Além disso, vale ressaltar as aplicações mais corporativas, em que as empresas contratam soluções pagas de DDNS para contar com um bom suporte técnico, ampla disponibilidade de nomes de host para vincular a sua página e algumas outras funcionalidades, como a certificação SSL, que é capaz de atestar a segurança de um site.

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Autor: Rodrigo Gazola

Especialista no mercado de prestação de serviços em TI, é considerado um pioneiro no modelo de Serviços Gerenciados (MSP) no Brasil. Apesar de possuir amplo conhecimento no modelo e no mercado MSP, seu verdadeiro fascínio está no universo do Backup, Backup, Backup! Com formação acadêmica em Eletrônica, Gestão em TI e um MBA em TrendsInnovation, demonstra paixão pelo que faz e nunca se cansa quando se trata de trabalho e aprendizado. Muitos dizem que o segredo do seu equilíbrio está nos 4 "B"s que adotou há algum tempo: Beer, Bike, Barbecue e Backup.

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