Guia completo de precificação de serviços de TI

Veja tudo o que um Prestador de Serviços de TI precisa saber sobre o assunto!

precificação

Precificar serviços de TI talvez seja um desafio para você. Mas, em nosso Guia, você entenderá a forma certa de cobrar pelos serviços que realiza.

De fato, uma das dúvidas mais recorrentes de quem está começando a empreender no mundo do suporte de TI é sobre a precificação de serviços de TI. Inegavelmente, esse questionamento sobre precificação é muito natural. Na medida em que, muitas vezes, o profissional ainda não tem muita referência sobre como alavancar o lucro mantendo a estabilidade e, ao mesmo tempo, praticar um preço que seja competitivo.

Geralmente, o cálculo do preço de um serviço deve levar em conta os investimentos necessários para a execução. Ou seja, a produtividade, que pode ser calculada por horas ou dispositivos, além do valor gerado para o cliente. Com a transformação digital e a mudança de patamar que o setor de tecnologia da informação ganhou nas empresas. Nesse sentido, não só aumentou o volume de trabalho, como também o impacto que esse serviço tem no sucesso das empresas.

Em suma, podemos dizer que a precificação deve levar em conta o conhecimento das próprias contas, o valor agregado do serviço e a carga de trabalho que a infraestrutura do cliente exige.

Quer entender como conseguir chegar a um preço competitivo e simultaneamente garantir a satisfação dos clientes? Continue a leitura e anote todas as nossas dicas!

Quais os principais desafios da precificação em TI?

Até os gestores mais experientes, acostumados a lidar com as questões técnicas e de negócios, têm suas dúvidas quanto aos modelos de precificação quando o assunto é suporte de TI. Não dá para culpá-los por isso, pois existe uma série de padrões de tarifação no mercado. Além disso, as inovações tecnológicas que são agregadas pela empresa promovem novos desafios para os profissionais, que acabam tendo que rever sua atuação.

O principal serviço dos fornecedores de TI é suprir os recursos necessários às empresas dos clientes — equipamentos, serviços, pessoas e ferramentas. Na maioria das vezes, o cálculo é feito partindo do aumento de produtividade esperada e dos investimentos necessários para dar conta das demandas.

Partindo desse princípio, cabe a cada fornecedor escolher o modelo de cobranças que agregue a maior lucratividade e, ao mesmo tempo, permita preservar sua cartela de clientes. Já para os clientes, principalmente aqueles que não têm a tecnologia da informação como núcleo do negócio, o foco é a redução de custos e mais segurança. É nesse cenário que se dá a negociação.

A precificação em TI é um processo complexo e desafiante que envolve uma série de fatores. Alguns dos principais são:

Complexidade do produto ou serviço

A precificação de soluções de TI pode ser difícil devido à sua natureza altamente técnica e personalizável.

Competição intensa

A concorrência no setor de TI é acirrada, o que torna a precificação um desafio ainda maior. É preciso equilibrar o preço para atrair clientes e ao mesmo tempo cobrir os custos.

Mudanças rápidas na tecnologia

A tecnologia está em constante evolução, o que significa que as soluções de TI ficam rapidamente obsoletas. Isso pode afetar o valor e o preço dos produtos ou serviços.

Dificuldade em mensurar o valor

Determinar o valor real de uma solução de TI pode ser difícil, especialmente porque, muitos dos benefícios são intangíveis e difíceis de quantificar.

Diferenças regionais e culturais

Os padrões de preços e as expectativas de valor variam amplamente de acordo com a região e a cultura, o que pode ser um desafio na precificação de soluções de TI em mercados internacionais.

A precificação em TI requer uma análise cuidadosa e constante dos fatores de mercado, concorrência, tecnologia e valor, para garantir que os preços sejam justos e competitivos.

Qual é a forma mais eficaz de aumentar a lucratividade?

A lucratividade é uma medida importante de desempenho financeiro de qualquer empresa. É calculada como a diferença entre o que a empresa ganha (receita) e o que ela gasta (custos e despesas).

Uma empresa lucrativa, é uma empresa saudável financeiramente, e isso é fundamental para o seu crescimento e sobrevivência a longo prazo.

Basicamente, podemos definir três formas de aumentar a lucratividade:

  • Elevar o preço — o que gera impacto direto no orçamento do cliente;
  • Diminuir o custo — seja reduzindo a estrutura, seja diminuindo a equipe, o que pode limitar a capacidade de atuação do prestador de serviços;
  • Aumentar a produtividade — produzir mais utilizando a estrutura atual. É um grande desafio e requer ferramentas de automação e monitoramento remoto, o que permitirá que os profissionais atendam mais de um dispositivo ao mesmo tempo.

Neste ponto, você deve estar se perguntando: como produzir mais com a mesma estrutura? Pense em automação em três níveis:

  • Acesso remoto — por exemplo, instalação de antivírus em massa;
  • Política de patches e antivírus;
  • Tarefas autônomas — scripts personalizados.

Quais são os elementos que deverão ser considerados para chegar ao valor final de um serviço?

O cálculo de qualquer produto ou serviço deve levar em conta três elementos básicos: custo direto, despesas comerciais e margem de contribuição. A seguir, veja detalhadamente o conceito de cada um desses elementos:

  • Custo direto — valor agregado da prestação do serviço;
  • Despesas comerciais — os custos relacionados à prestação do serviço, que incluem impostos, custos com deslocamentos e outros referentes ao suporte;
  • Margem de contribuição — é o valor definido pelo gestor relativo aos serviços que serão utilizados para contribuir no pagamento das despesas fixas, como salários, aluguel, energia, água, telefone etc.

A partir desses três indicadores, será possível chegar ao valor referencial do serviço, e o gestor poderá analisar se o valor final será ou não compensatório, tanto para o fornecedor de TI quanto para o cliente. Para chegar ao cálculo do valor referencial, você deverá somar os três elementos.

Afinal, cobrar por hora ou dispositivo?

Esse é um dos grandes dilemas de quem está começando a empreender como prestador de suporte de TI. A tendência natural é o técnico optar pela cobrança por hora, pois a primeira análise feita é que um mesmo serviço pode exigir mais tempo em máquinas diferentes — muitas das vezes causado pela falta de habilidade dos usuários.

A verdade é que o suporte de TI cobrado por hora, por mais que pareça a solução certa para a resolução de problemas pontuais, poderá sair caro a longo prazo, além de punir a produtividade. Essa solução prejudica também o atendimento mais personalizado, pois esse tipo de abordagem é 100% reativa, ou seja, o profissional atua apenas na resolução de problemas, “apagando incêndios”.

Além disso, a cobrança por hora está desalinhada em relação às necessidades atuais do mercado, que precisa de profissionais proativos e que prestem um serviço gerenciado, evitando problemas em vez de apenas resolvê-los.

A precificação deverá ser feita por dispositivo, mas priorizando o acordo

A partir do momento em que empresas e profissionais empreendedores começam a descobrir os benefícios de se tornarem MSPs, começam a avaliar sua precificação em dois modelos. Nesse cenário, caberá ao gestor fazer uma análise das características de sua empresa e dos serviços prestados. Os dois modelos que servem para calcular a precificação são os seguintes.

Precificação por ação

No modelo de precificação por ação, há uma aproximação muito grande do prestador de serviços com o cliente. Quando há uma determinada demanda, o Prestador de Serviços de TI envia o orçamento para a avaliação do cliente.

O grande problema desse modelo é que ele pode prejudicar a disponibilidade da infraestrutura do cliente, visto que pode ocorrer um delay entre a apresentação do orçamento e a ação necessária, ou seja, a resposta do cliente. Há também prejuízo para a produtividade do MSP, pois ele fica com a agenda incerta, esperando a resposta do cliente, e pode perder outras oportunidades.

A solução é a criação de pacotes de ações básicas com assinatura mensal, com um acordo que deixe bem claro que, se for solicitado algum serviço que fuja desse pacote, o cliente deverá enviar essa solicitação extra para a revisão do fornecedor do suporte.

Acordo gerido

Acima, já falamos de acordos de ações básicas, mas, neste tópico, falaremos sobre acordos de serviço de suporte completos, que têm como base os ativos e a maturidade da infraestrutura de TI do cliente. Esse é o modelo ideal para praticar o serviço gerenciado.

Desse modo, será fechado um acordo que regerá a prestação de serviços e que levará em conta o ambiente de TI do cliente — máquinas, softwares, licenças, entre outros pontos importantes. Será necessária uma avaliação dessa infraestrutura, a fim de descobrir pontos que demandem uma maior atenção, como dispositivos antigos, softwares obsoletos e necessidades de atendimento prioritário.

Como calculo a precificação do meu serviço de suporte de TI?

Você poderá basear a precificação em três pilares — os serviços que você vai oferecer, o equipamento do cliente e o modelo de acordo SLA escolhido:

  • Serviços oferecidos — outros tipos de atendimentos além dos pacotes que foram contratados vão ser inseridos?
  • Equipamento do cliente — qual é a situação do parque do seu cliente? Qual será o prazo necessário para a implementação das soluções? Os tickets são muito recorrentes?
  • SLA escolhido — um prazo padrão será definido? Um SLA prioritário será contratado?

Lidando com as objeções dos clientes

Objeções são questões ou preocupações que o cliente pode ter sobre um produto ou serviço, que podem impedir que ele efetue a compra. Elas podem incluir preocupações com o preço, a qualidade, a compatibilidade com outros produtos ou serviços, ou qualquer outra questão que possa afetar a decisão de compra do cliente.

Elas são uma parte normal do processo de vendas, e é importante que o vendedor esteja preparado para lidar com elas de forma eficaz. Confira agora, algumas dicas para lidar com objeções dos clientes:

  1. Escutar atentamente: antes de qualquer coisa, é importante entender a preocupação do cliente e por que eles estão com essa objeção;
  2. Fornecer informações relevantes: forneça informações relevantes que possam ajudar a resolver a objeção do cliente;
  3. Mostrar soluções: mostre soluções para a objeção do cliente, como descontos, serviços adicionais, entre outros;
  4. Focar nos benefícios: foque nas vantagens do produto ou serviço para o cliente, e como eles podem ajudá-los a superar suas preocupações;
  5. Ser persistente: seja persistente na tentativa de resolver a objeção do cliente, mas, sem ser invasivo ou pressionar demais.

Lidar com objeções dos clientes é uma habilidade importante para os vendedores, pois ajuda a construir relacionamentos mais fortes e aumentar as chances de fechamento de vendas.

Toda negociação bem-feita é repleta de objeções de parte a parte. Assim sendo, quando você apresenta seus pacotes e valores, é bem provável que o cliente ofereça algum tipo de resistência. As objeções mais comuns são as que seguem.

O serviço é caro!

Nessa situação, você deverá contra-argumentar e descobrir se ele está comparando seu preço com o de algum concorrente. Pergunte o que ele considera caro, ressalte o seu diferencial e diga como seu serviço agregará valor à empresa dele. É especialmente importante não se colocar como um mero “consertador” de computadores.

O concorrente é mais barato!

Nesse cenário, sua primeira atitude deve ser analisar se o que está sendo comparado são serviços da mesma categoria. Se for, explique como você chegou a esse valor e mostre o quanto é estranho que o concorrente chegue a um valor tão baixo com as mesmas demandas. Além disso, outro argumento que você pode utilizar é perguntar se ele está comparando o desembolso inicial ou o custo final.

Meu orçamento está apertado!

Essa é a hora de oferecer condições melhores, por exemplo, negociar um prazo maior de pagamento ou, até mesmo, disponibilizar um pacote mais enxuto, com serviços prioritários. Não esqueça de perguntar qual é o preço alvo dele, pois essa ação abrirá uma oportunidade de argumentação para que o acordo fique bom para ambas as partes e seja fechado.

Qual a importância de um SLA?

Agora vamos nos aprofundar um pouco mais em um dos pilares da precificação, o SLA — Service Level Agreement ou Acordo de Nível de Serviço, em tradução literal. Esse é o documento que formalizará o acordo feito entre fornecedor e cliente. É um documento padronizado pela ABNT, com selo NBR ISO-IEC 20000-1.

É um contrato formal entre duas partes (geralmente um provedor de serviços e seu cliente) que define os níveis de serviço e as expectativas de disponibilidade, desempenho, suporte e outros aspectos relacionados a um determinado serviço.

Sendo assim, o objetivo principal do SLA é garantir que o fornecedor de serviços forneça uma qualidade de serviço consistente e previsível, e que o cliente saiba exatamente o que pode esperar do serviço contratado. Além disso, o SLA também estabelece as condições para solução de problemas e as consequências, caso os níveis de serviço acordados não sejam cumpridos.

Qual a importância do SLA para o setor de TI?

É o SLA que define quais são os direitos e as obrigações dos prestadores de serviço e do contratante. Nas rotinas de atendimento, pode acontecer de existirem várias demandas simultâneas, o que exige um grau de priorização.

Nesse cenário, é importante que seja pré-acordado o que será priorizado com clareza, para não dar margem a objeções. Por exemplo, caso seja necessário dar prioridade a uma resolução de um problema em um servidor de e-mail que parou, o técnico não precisará se preocupar com as prováveis reclamações que podem vir de outros setores.

Além disso, o SLA também permitirá aos fornecedores de TI fazer um dimensionamento do tamanho da equipe e da infraestrutura que será necessária para entregar o padrão de serviço exigido pelo cliente.

Entenda quais são os cuidados necessários para definir o nível de serviço

A definição do SLA demandará alguns cuidados pontuais, como deixar bem claro para o contratante que o tempo de abertura do ticket é que deverá ser utilizado de base para o acompanhamento e não o tempo total que será necessário para que haja uma solução. Essa é uma das formas que o fornecedor tem para demonstrar proatividade, um dos requisitos para o suporte se manter competitivo nos dias atuais.

O SLA também funciona como uma defesa para as partes, ou seja, por ser a melhor maneira de formalizar a relação entre cliente e prestador de serviços, ele traz explicitamente as atividades que serão oferecidas e como elas serão entregues. Nisso serão incluídos os prazos, os indicadores utilizados, o formato do suporte que será fornecido, as metas mensuráveis e o que mais for necessário para evitar divergências futuras.

Em suma, podemos dizer que o SLA vem para dar mais transparência para o processo de contratação de serviços de TI. Assim, a empresa consegue definir, de maneira clara, quais serviços são oferecidos e tem um valor definido e previsível a receber. Para o cliente, é uma forma de ter conhecimento sobre o que está pagando e por que está pagando.

Por que é preciso analisar a concorrência?

Analisar a concorrência é importante por várias razões. Ao estudar os concorrentes, você pode entender melhor o mercado em que está competindo e descobrir oportunidades para se destacar. Uma ótima forma de fazer isso, é respondendo e tendo acesso a Pesquisa ADDEE. Um documento onde os maiores MSPs do mercado respondem questões sobre a sua empresa e, com isso, você pode analisar melhor a sua concorrência no Brasil e tirar importantes insights.

Além disso, é possível identificar as forças e fraquezas e compará-las com as suas, ajudando a estabelecer estratégias de diferenciação. Monitorar a concorrência permite antecipar mudanças no mercado e se preparar para elas, sejam ameaças ou oportunidades.

Ajuda, também, a identificar lacunas no mercado e a desenvolver soluções mais atraentes para o público.

Mas, como?

Analisar a concorrência também ajuda na hora de definir sua precificação. Para isso, busque saber o que o mercado e seus concorrentes estão oferecendo. Essa comparação deverá ser feita apenas para um efeito de análise de potencial — tenha consciência das suas limitações e também das limitações deles.

A primeira coisa que você deverá fazer é uma listagem com seus concorrentes, principalmente aqueles da mesma região em que você está operando. Após isso, faça uma análise dos preços praticados por eles. Entenda os diferenciais de cada um, pois é isso que influencia a variação de preços.

Precificação de TI - ADDEE

Por isso, tenha em mente que, para cobrar um preço mais competitivo, você precisará ter um know-how. Não é segredo para ninguém que a experiência agrega valor ao serviço oferecido. Nesse cenário, profissionais e empresas que já têm um “nome” no mercado transparecem mais segurança e, por consequência, conseguem ajustar seus preços levando em conta esse fator.

Além de conseguir identificar os valores que você poderá praticar, a importância de analisar a concorrência passa pela oportunidade de enxergar seu atual momento no mercado. Você está começando agora e/ou precisa conquistar o cliente para tornar o negócio sustentável? Leve isso em consideração em sua precificação.

Agora que você abriu seu próprio negócio, entenda o seu valor como profissional e tente agregá-lo de alguma forma nas operações de sua empresa.

Dessa forma, a análise da concorrência permite que você compreenda o mercado em que está competindo, identifique suas oportunidades e ameaças, melhore sua oferta e aperfeiçoe sua estratégia de preços.

Quais outras dicas para a precificação em TI?

Neste tópico, vamos falar um pouco sobre diferencial. Isso porque, além de conhecer a fundo o negócio do cliente, é importante que o Prestador de TI tenha plena consciência do que ele representa para esse contratante, de modo que seu preço seja entendido como justo, ou seja, nem caro nem abaixo do esperado.

Sempre que o cliente se depara com um prestador de serviços, principalmente quando já tem uma experiência com a área, espera que ele entregue um diferencial. O objetivo é adquirir os serviços de empresas que tragam benefícios, como produtividade, qualidade, disponibilidade, inovação e redução de custos.

A partir do momento em que ele contratar seus serviços, você passará a fazer parte do negócio dele e deverá contribuir para que ele também ganhe diferencial de mercado.

Entenda alguns exemplos práticos

Quando houver a necessidade de instalar um antivírus em uma rede de computadores em uma empresa, além da qualidade dos softwares, entregue eficiência na execução do serviço. A instalação remota de antivírus em massa faz todo mundo ganhar tempo e mostra uma visão proativa do prestador de serviço, o que certamente contará pontos a seu favor.

Uma boa política de segurança e recuperação de dados entrega muito mais do que proteção a máquinas. O valor aqui está na proteção dos dados corporativos, os quais, se caírem em mãos erradas, podem causar prejuízos de milhões de reais. Então, deixe bem claro para o gestor da empresa cliente os riscos que ele corre com a possibilidade de sofrer ataques, como o ransomware. Mostre o que é feito para minimizar riscos e ganhe valor agregado ao seu serviço.

Aliado a um bom SLA, tudo isso dará know-how para que você consiga precificar seus serviços, buscando uma lucratividade maior e, de quebra, podendo gerar referências positivas de uma empresa para outra.

Foque em gestão de custos

A gestão de custos é o processo de planejamento, monitoramento e controle dos gastos em uma empresa. É uma ferramenta importante para ajudar a maximizar a eficiência financeira e alcançar os objetivos estratégicos do negócio.

A gestão de custos envolve:

  • Identificação de custos: identificar todos os tipos de gastos envolvidos na produção e no fornecimento de bens ou serviços;
  • Classificação de custos: classificar os gastos em categorias, como custos diretos e indiretos, fixos e variáveis, etc;
  • Controle de custos: monitorar e controlar os gastos para garantir que eles estejam dentro do orçamento e alinhados aos objetivos estratégicos da empresa;
  • Análise de custos: analisar os dados financeiros para identificar oportunidades de redução de custos e melhorar a eficiência financeira;
  • Tomada de decisão baseada em custos: tomar decisões com base nas informações obtidas na análise de custos.

A gestão de custos é uma ferramenta valiosa para ajudar a empresa a maximizar sua eficiência financeira e alcançar seus objetivos estratégicos. Por isso, é importante que a gestão de custos seja uma parte integrante do processo de planejamento financeiro da empresa, e que seja realizada de forma sistemática e regular para garantir resultados consistentes.

Muitos prestadores de serviço, principalmente os autônomos, focam apenas em operações de TI na hora de estipular sua precificação, esquecendo de contabilizar os custos. Entender os custos do negócio e como introduzi-los no preço final é muito importante, pois, como em qualquer negócio, para gerar lucro o empreendedor precisará suprir os gastos, não é mesmo?

Por isso, não deixe de contabilizar os gastos que você tiver com manutenção de sua infraestrutura, impostos, energia elétrica, contabilidade, gastos com deslocamentos para atendimentos externos, compra de materiais, salários da equipe, entre outros.

Fique atento ao feedback dos clientes

Outro ponto relevante para saber exatamente o seu lugar no mercado, principalmente para quem está começando, é ficar atento aos feedbacks dos clientes sobre os preços cobrados. É claro que você precisa estar atento ao fato de que ele focará inicialmente em sua redução de custos, mas não deve ignorar a experiência dele com empresas prestadoras de serviço.

O feedback dos clientes é uma informação valiosa para qualquer empresa, pois, fornece uma visão objetiva sobre a satisfação dos clientes com seus produtos ou serviços. Ele pode ser coletado através de pesquisas, entrevistas, comentários em redes sociais, avaliações de produtos, entre outros meios.

Sendo assim, algumas vantagens de coletar o feedback dos clientes são:

1 – Melhoria da qualidade dos produtos ou serviços

Ao ouvir o que os clientes têm a dizer, é possível identificar pontos fracos e melhorá-los, aumentando a satisfação dos clientes.

2 – Fidelização de clientes

Quando uma empresa valoriza o feedback dos seus parceiros e age em cima dele, mostra que se importa com suas necessidades e isso pode aumentar a fidelidade dos clientes.

3 – Criação de novos produtos ou serviços

O feedback dos clientes pode ser uma fonte valiosa de ideias para a criação de novos produtos ou serviços.

4 – Aumento da satisfação do cliente

Ao coletar e agir sobre o feedback dos clientes, é possível aumentar a satisfação deles com seus produtos ou serviços.

5 – Melhoria da reputação da empresa

Uma empresa que valoriza o feedback dos clientes e age sobre ele, pode construir uma boa reputação e melhorar sua imagem no mercado.

É uma oportunidade para fazer uma autocrítica e ver se seu serviço está mesmo entregando o valor que você estipulou. Se sim, busque entender por que o cliente está dando o feedback negativo e tente contra-argumentar com as dicas que demos mais acima, com as principais objeções contra os preços.

Caso contrário, se perceber que o argumento dele é válido, tente saber o que ele realmente espera do seu serviço, a fim de que você consiga traçar planos para suprir as demandas e conseguir fazer valer o preço que acha justo.

Deixe uma margem para negociação

A precificação e a negociação andam de mãos dadas, por isso, quando elaborar o acordo e definir o preço, não pense em valores “congelados”. Deixe uma margem para futuras negociações e objeções. Como estamos falando em acordos de longo prazo, às vezes, vale a pena reduzir um pouco a margem pensando em recorrência. Como esses acordos costumam ter um valor mais alto, o cliente certamente pedirá um desconto e será muito mais fácil negociar se você já tiver uma estratégia montada para isso.

Não cobre um valor muito baixo

Valorize o seu trabalho! Por mais que você seja novo no setor e necessite fazer uma precificação que o permita entrar no mercado, não pratique valores muito abaixo da concorrência, uma vez que isso será prejudicial para você no futuro.

É claro que todos temos liberdade para fazer campanhas de marketing e criar formas de atrair clientes, mas isso não deve ser algo recorrente e sim pontual. Preços muito baixos prejudicam todo o mercado e, como dissemos, pode prejudicá-lo no futuro, por exemplo, quando você quiser crescer e o mercado estiver sucateado.

Além disso, preços muito abaixo do mercado geram desconfiança nos clientes, que passam a enxergar seu trabalho como sendo de baixa qualidade. Como estamos falando de um setor que se torna cada vez mais vital para as empresas, dificilmente os gestores contratarão um serviço que não passe a segurança necessária.

Encontre o equilíbrio entre preço e rentabilidade

Mais uma dica para tirar o foco dos iniciantes apenas da precificação: busque o equilíbrio entre o preço e a rentabilidade, de modo a ter mais base para apresentar um preço justo tanto para sua empresa quanto para o cliente.

Primeiro, você deverá definir a rentabilidade, que nada mais é do que a meta de retorno do capital investido — investimento próprio, financiamento e empréstimos. Vamos supor que você gastou R$ 50 mil para contratar, treinar a equipe e adquirir os equipamentos. Em quanto tempo você deseja obter esse retorno? Dessa forma, a partir dessa definição, será possível ter um parâmetro para definir sua margem de lucro e iniciar seu processo de precificação com uma meta mais estruturada.

Esperamos que, após a leitura deste texto, você consiga achar a melhor forma de precificar seus serviços. Lembrando sempre que a precificação tem muito a ver com o seu know-how, o valor agregado do seu serviço e os desafios que a infraestrutura de TI do cliente apresenta. O importante é entender que são necessárias várias análises para chegar ao preço ideal, então não se prenda a apenas um conceito.

E aí, gostou desse conteúdo? A ADDEE conta com um material exclusivo que esclarecerá todas as suas dúvidas sobre precificação de TI. Um episódio especial do MSP Cast que você pode assistir agora mesmo, clicando aqui. Te esperamos lá!

Autor: Luís Montanari

Pai, Marketeiro, Gestor e Vendedor, é um profissional apaixonado por tecnologia, churrasco e cerveja. Possui mais de 15 anos de experiência em marketing, vendas e gestão, sendo os últimos 10 dedicados ao mercado de Tecnologia e Serviços de TI. Ao longo dos últimos anos, se especializou no mercado MSP e contribuiu para que dezenas de empresas redesenhassem seus negócios, processos, serviços e ofertas. Atua como líder do time de Marketing, Eventos e Conteúdos da ADDEE, trabalhando para Revolucionar o Mercado de Gestão de TI.

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